Tem se estressado muito no trabalho? Cuidado, talvez seja o início da Síndrome de Burnout
30 de novembro de -0001 00:00 Por
Tem se estressado muito
no trabalho? Cuidado, talvez seja o início da Síndrome de Burnout. Dra. Luciane Albuquerque
Consultora Sênior
O termo estresse (do vocábulo inglês stress)
foi utilizado pela primeira vez no século XVII para descrever aflição,
opressão, sofrimento e adversidade. Foi durante os séculos XVIII e XIX que o
termo em inglês se popularizou e passou a ter um sentido de força ou influência
acentuada sobre um objeto físico ou uma pessoa. O estresse representa um
processo complexo que inter-relaciona aspectos bioquímicos, físicos e
psicológicos, desencadeados pela maneira como os estímulos externos ou internos
(também chamados de estressores) são percebidos e interpretados pela pessoa. Isto
causa um desequilíbrio no indivíduo, exigindo uma resposta de adaptação do
organismo a fim de preservar a integridade e a própria vida.
Existem
diversos tipos de estresse e, dentre eles, o chamado estresse ocupacional,
referente às atividades profissionais das pessoas. Esse tipo de estresse se
destaca dos demais, particularmente, ao tratar da sua forma mais extrema, a
síndrome da desistência ou burnout,
expressão inglesa que significa ‘queimar-se’ ou ‘consumir-se pelo fogo’.
É
possível se afirmar que, a partir de uma perspectiva psicossocial, a síndrome
de burnout é entendida enquanto
um processo, no qual os aspectos do contexto de trabalho e interpessoais
contribuem efetiva e significativamente para o seu desenvolvimento.
Trata-se
de uma síndrome ou construto multidimensional, caracterizado em função de três
componentes: (1) exaustão emocional e/ou física: diz respeito aos sentimentos
de fadiga e redução dos recursos emocionais fundamentais para que a pessoa
possa lidar com a situação estressora; (2) despersonalização: é um processo
dinâmico que se manifesta, principalmente, devido ao desenvolvimento de
atitudes e sentimentos negativos, ceticismo, insensibilidade, falta de respeito
e despreocupação para com as pessoas relacionadas ao trabalho; e (3) diminuição
da realização pessoal: percebido pela perda do sentimento de realização no
trabalho com produtividade rebaixada, ou seja, refere-se à percepção de
deterioração da auto-competência e falta de satisfação com as realizações e os
sucessos de si próprio no ambiente laboral.
A síndrome de burnout tem sido considerada como
um grave problema e de extrema relevância, visto que, está vinculada a grandes
custos organizacionais. Logo, se faz necessário realizar uma pesquisa para
verificar quem está apresentando indícios da síndrome de burnout, para que, a
partir dos resultados encontrados, seja possível definir ações de
enfrentamento, adotando-se estratégias organizacionais e individuais educativo-preventivas
e de diagnóstico. Busca-se, dessa forma, minimizar os efeitos da síndrome sobre
o trabalhador.
Fonte: Redação