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Diplomacia Corporativa – a nova exigência do mercado para as organizações de sucesso nesse mundo interdependente e globalizado.

Diplomacia Corporativa – a nova exigência do mercado para as organizações de sucesso nesse mundo interdependente e globalizado.
O tema Globalização esta presente diariamente na mídia local e mundial, e é sempre parte de debates e discussões.  Em especial quando fala-se da pobreza mundial, do aquecimento global, da preservação do meio ambiente, da interdependência econômica do mundo, das empresas transnacionais, dos blocos econômicos, etc.  Tópicos que refletem os efeitos da atual globalização e conceitos como Aldeia Global; mas que identificam uma realidade: a irreversibilidade da Globalização.

Assim, se o processo de Globalização é irreversível, deve-se para de lutar contra o mesmo, e aprender a trabalhar para modificá-lo e adaptá-lo as necessidades locais e regionais.  Além disso sabe-se que o processo de globalização já acontece a séculos, desde a época da colonização do Brasil.  Mas sua propagação se deu mesmo do final da década de 80 para os dias atuais, com a Globalização moderna, tecnológica e cibernética.

Isso significa, que não adianta pensar que por estar na Paraíba ou ainda no Nordeste do Brasil, não deve-se preocupar em buscar uma capacitação a altura do mundo globalizado, de maneira a manter a competitividade existente e garantir um espaço no mercado de trabalho.  Basta olhar ao redor e ver a quantidade de empresas internacionais e transnacionais que fazem parte da vida local.

Essa inserção de empresas transnacionais no mercado local traz à tona um outro ponto: a necessidade de um outro idioma.  Falar uma língua estrangeira é também um fato indiscutível no atual mercado de trabalho globalizado, mas é irrisório o número de profissionais na região que falam dois, ou apenas um outro idioma além do Português.

Esse medo do desconhecido não afeta só o Nordeste.  Só na década de 70 os educadores brasileiros, através da Universidade de Brasília, tomaram a iniciativa de considerar a necessidade de racionalizar no país os problemas das relações internacionais.   O curso estabelecido visava tão somente a classe da diplomacia brasileira.

Até bem pouco tempo quando ocorria uma referência a relações internacionais a visão que surgia eram as atividades dos representantes do país no trato de acordos, visando fronteiras, rotas de navegação, financiamentos de países e de organismos internacionais, intercambio de alunos graduados e de tudo o que tivesse significação do intercambio oficial entre nações.

O amadurecimento tecnológico do país exigiu a presença de negociadores que não fossem os tradicionais diplomatas, limitados por regras próprias do Ministério das Relações Exteriores e sim com o interesse econômico do país e dos seus conglomerados empresariais.

Surgiu então a diplomacia empresarial ou diplomacia corporativa. Profissionais e Executivos poliglotas e refinados em condições de representar o seu grupo econômico perante governos e investidores internacionais na intermediação de contratos de serviços de montagens, construção civil, projetos industriais, jazidas minerais e compra e venda de bens, equipamentos e instalações.   

Esse personagem precisa estar treinado para atuar como se um nacional fosse do país visitado, observando as regras de etiqueta locais, detalhes específicos da tradição da comunidade hospedeira. Deve ter um comportamento exemplar, consumir bebidas alcoólicas com o máximo cuidado e em quantidades mínimas, falar só o necessário e evitar as muitas tentações e armadilhas que costumam preparar para testar o grau de confiabilidade dos representantes estrangeiros.

Veemente em suas argumentações, sem arrogância, mas também sem servilismo.  Esse o tipo de comerciante, empresário e empreendedor diplomata que apoiará cada vez mais o avanço do Brasil nos mercados internacionais e no seu desenvolvimento econômico e tecnológico.       
 
Luciana Rabay-Butcher, Administradora, Consultora em Comércio Exterior, e Professora Mestre do Iesp.

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